segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CONCLUSÃO

Parte 14


Consciência





O ativismo reacendeu em nosso país. Graças a Deus!

Refiro-me aos ânimos que se inflamaram no debate – ou embate – em torno do “Novo Código Florestal”.

Acompanhei os acontecimentos e observei coisas muito interessantes...

Observei que o nível de consciência dos jovens está aumentando e que isso ocorre graças à integração e conectividade global criada pelas redes sociais baseadas na internet, que possibilita o acesso a informações relevantes e em tempo real, além de questionamentos e análises, propiciando uma visão madura e consciente da sociedade sobre as ações realizadas pelos governos – muitas das informações que hoje temos acesso através da internet eram facilmente obscurecidas e manipuladas no passado, limitando o conhecimento dos fatos e a exposição da verdade. Esta é uma excelente forma de usar a tecnologia a nosso favor, com certeza! Por outro lado, observei que as mesmas velhas “Forças Ocultas” já não conseguem mais agir tão ocultamente como costumavam. Mas mesmo assim, ainda buscam colocar seus tentáculos manipuladores nas leis de nosso país, para modificá-las em prol de seus próprios interesses, tentando justificar o injustificável e legalizar o ilegal, escancarando os altos níveis de inconsciência, imaturidade, imediatismo e individualismo inconseqüente, em detrimento do bem comum e do que é realmente importante para a nossa sociedade e humanidade, agora e no futuro.

Esse tipo de situação ocorre por ignorarmos a maior das Verdades Universais: “Nada existe no Universo separado das outras coisas. Tudo está intrinsecamente ligado, é definitivamente interdependente e interativo, e está entrelaçado na trama de toda a vida.”

Todo governo, toda política, deve basear-se nessa verdade. Todas as leis devem ter sua origem nela. Essa é a esperança futura da raça humana.” (Neale Doanald Walsch).

O fato é que estamos caminhando para a evolução da consciência global a respeito desta Verdade.

Físicos, Economistas, Ambientalistas, Sociólogos, Médicos e pesquisadores de todas as áreas já chegaram à conclusão de que o nosso atual “estilo de vida” acabará nos destruindo. Isso porque vivemos em um planeta de recursos finitos e temos um corpo com capacidade finita de regeneração. Estamos nos “autoconsumindo” através de abusos constantes de emoções deletérias e o uso de substâncias nocivas. Tudo o que utilizamos, hoje em dia, como matéria prima para sustentar o consumo da maioria das sociedades globais, vem de recursos naturais não renováveis, ou melhor, que necessitam de bilhões de anos para se renovar, o que é praticamente a mesma coisa. Não há mais tempo para políticos e governos se darem ao luxo de brincar com o futuro da humanidade apenas para satisfazer o lobby dos grandes conglomerados empresariais, pensando em garantir mais alguns anos de permanência no poder.

 Infelizmente – ou felizmente –, se faz necessário e urgente repensar a nossa atual forma de fazer política e governarmos a nossa nação e a nossa vida. Precisamos elevar o nível de consciência do ser humano, e não se faz isso atacando países para garantir novas reservas de recursos naturais, ou com discursos populistas inflamados, tentando justificar ações danosas à humanidade como se fosse a solução para a pobreza e a miséria.

Educação é a resposta!

Apenas o Conhecimento, através de uma Ação Disciplinada, é capaz de melhorar, de forma consistente e sustentável, a vida da humanidade.

Neste processo de conscientização, a tecnologia tem papel fundamental e é graças a ela que muitas vozes, inteligentes e maduras, podem se erguer acima da gritaria ensandecida da ignorância. Mas a tecnologia, como ferramenta, se bem aplicada vai muito além e pode nos ajudar a construir um mundo sustentável, integrado, interativo, intuitivo, simples, responsável, onde a humanidade pode experimentar a vida sem preocupações e baseada na Visibilidade e Verdade.

No Universo, estamos ligados a tudo e a todos como elos de uma corrente. Elos fortes propiciam realizações poderosas. Elos fracos evidenciam o desastre eminente. A solução é fortalecer os elos e aumentar à corrente. Eliminar os elos fracos não é uma opção. Quanto menor a corrente mais insignificante as realizações, e todos perdem no final.

Gostando ou não, aceitando ou não, entendendo ou não, tendo consciência ou não, a Lei de Causa e Efeito continuará agindo sobre nós até que enxerguemos A Verdade.

É necessário repensarmos imediatamente as nossas prioridades. Precisamos abandonar as ações paliativas, ilusórias e oportunistas sobre os efeitos, e atacarmos as causas do que está nos conduzindo a esse processo de autodestruição, que deixa a nossa sociedade cada dia mais doente, leniente, corrupta, hipócrita, violenta, alienada, iludida, egoísta, aterrorizada, individualista, desesperada, despreparada, dependente, carente, apática, estressada, depressiva, necessitada, desmotivada, negligenciada, abandonada, excluída, descriminada, etc.

Este livro faz a pergunta direta e clara a você, e coloca o poder em suas mãos. Basta você responder!

Afinal, “A Educação É A Solução?”

O objetivo aqui foi o de compartilhar algumas observações sobre ações simples, possíveis, viáveis, estruturadas, organizadas e efetivas, que podem ser adotadas imediatamente e que, em um prazo de 10 anos, poderá transformar definitivamente e positivamente a qualidade de vida, relações, desenvolvimento e evolução da humanidade.

Cabe, a cada um de nós, fazer a sua parte. Comecemos hoje! Agora! Buscando viver a melhor versão da maior visão de nós mesmos, sendo o exemplo e adquirindo a consciência de que somos apenas uma das infinitas formas de expressão de um mesmo Todo, inteligente e integrado. Sejamos humildes! Dediquemos tempo e atenção ao nosso próprio aperfeiçoamento. Quanto mais nos melhorarmos, mas ajudaremos a melhorar o Todo.

Ser melhor a cada dia. Essa é a razão da nossa existência.

Se cada um de nós se comprometer, consigo mesmo, a Ser, Fazer e Ter sempre o seu melhor,  compartilhar apenas o que há de melhor em si, valorizando o que há de melhor em todos e em tudo, deixando de lado o que não nos serve e não utilizar tempo, pensamento, palavra ou ato para reforçar nada que não seja bom, belo, próspero e virtuoso, formaremos uma grande força de mudança do nível de consciência da humanidade.

Eu sou grato pela oportunidade de compartilhar com você o que levo de melhor em minha mente e meu coração.

Leve em conta a mensagem, não o mensageiro, que também está em processo de evolução.

Busque o conhecimento!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

CONSEQUÊNCIA

Parte 13


Um Quê e um Porquê






Observe! Na vida tudo se acumula. Músculo se acumula, gordura se acumula, dinheiro se acumula, dívida se acumula, conhecimento se acumula, ignorância se acumula, saúde se acumula, doença se acumula, beleza se acumula, poeira se acumula... até o nada se acumula. Tudo é uma questão de tempo e atenção. Ou de falta de atenção.

Nada é por acaso. O que chamamos de acidente é apenas o acúmulo de vários fatores que não receberam a “devida atenção”.

Tudo o que vivemos e experimentamos depende diretamente da qualidade da nossa atenção. “A Criação está onde está a nossa atenção”.

É interessante perceber que nem sempre estamos conscientes da atenção que damos. Isso é uma “atenção indevida”.

Quando não dedicamos atenção a alguma coisa, essa coisa simplesmente se desfaz, dissocia, degenera, desintegra até deixar de existir.

Quando dedicamos atenção a alguma coisa, essa coisa se manifesta, desenvolve, permanece, fortalece, acontece. É por isso que a atenção indevida, inconsciente, é mais crítica que a falta de atenção. Porque ela nos faz experimentar o que não gostaríamos.

 É a atenção indevida que muitas vezes chamamos de destino. Isso, por conta do lapso de tempo que é necessário para que se manifeste o evento ao qual dedicamos a nossa atenção indevidamente, e assim nos dá a falsa impressão de que o evento ocorreu por influência de alguma força externa ou por pura fatalidade.

O claro exemplo de atenção indevida ocorre com o uso do álcool. Não é a intenção de ninguém adoecer cada vez que bebe, mas o fato é que, quando bebemos álcool, estamos dando atenção indevida ao enfraquecimento do nosso corpo e de nossas células, que morrem intoxicadas com a elevação do teor alcoólico no sangue, provocando a aceleração do processo de regeneração celular – que é limitada – levando a um envelhecimento acelerado dos órgãos. O mesmo acontece com outros tipos de abusos como: noites mal dormidas, raiva, rancor, ciúme, mágoa, orgulho, vaidade, superstição, medo, mau uso do sexo, cigarro e outros hábitos nocivos, geradores de toxinas e neurotoxinas que, se forem praticados em conjunto formam uma reação deletéria em cadeia. Em outras palavras, suicídio!

Damos atenção indevida à destruição do nosso corpo, relacionamentos, atmosfera, florestas, rios, terras, reservas minerais, espécies animais e tudo o que nos fornece condições de existência em nosso planeta, através de hábitos culturais nocivos, que são passados de geração em geração e encarados como normais, mas que na realidade são completamente antinaturais. É por esse motivo que o ser humano sente um vazio interno que nunca acaba e é induzido à necessidade e ao egoísmo crônico – quando há o sentimento de que sempre falta alguma coisa e que sempre está sendo lesado em alguma coisa. Em outras palavras, paranóia!

As sociedades mais avançadas escolheram interromper esse processo inconsciente de autodestruição através da educação e aplicação da “Lei do Rácio”.

O Rácio é a lei matemática que estabelece a probabilidade de que tudo se relaciona em uma proporção de 80/20. Um pequeno número de causas cria a maioria dos resultados. Por exemplo, 80% dos alimentos são cultivados em 20% das terras, 80% dos negócios são gerados por 20% dos clientes, etc.

Esta lei está presente em praticamente todos os aspectos da vida humana.

Assim, agindo com consciência sobre a Lei do Rácio, ao contrário do que o mundo moderno nos leva a crer, podemos aproveitar mais a vida, colocar a nós mesmos e as pessoas que amamos em primeiro lugar, e realizar nossos sonhos. O segredo para isso está em fazermos mais com menos, qualidade em vez de quantidade, dedicando toda a nossa atenção consciente às “coisas que realmente funcionam”.  

Foi observando a Lei do Rácio, que as sociedades mais avançadas aprenderam a gerenciar as suas 24 horas diárias com mais eficácia, aumentando o foco e a atenção, diminuindo o esforço e as preocupações, alcançando mais plenitude, felicidade e prosperidade, eliminando os hábitos culturais nocivos.

Levando-se em conta a aplicação dos 80/20 em nosso cotidiano, é fato que nós somos realmente efetivos, em qualquer atividade, durante no máximo 5h diárias, isto é 20% das 24h de nosso dia.

Uma vida próspera possui cinco aspectos que precisamos vivenciar diariamente de forma equilibrada:

·         Trabalho – Qualquer atividade, remunerada ou não, que faça com que o indivíduo represente “um dente na engrenagem da vida que faz o mundo girar”. É a forma de contribuir com a sociedade, com a humanidade e com o Universo;

·         Saúde – Tudo o que se faz para manter o equilíbrio dos três aspectos do Ser (Mente, Corpo e Alma.); 

·         Relacionamento – É o ato de nos reconhecer através de outras pessoas. É o que nos dá o sentido de integração e unicidade ao mesmo tempo em que nos reconhecemos especiais, exclusivos, importantes e individuais;

·         Lazer - é o momento em que, coletivamente ou individualmente, nos permitimos ter a consciência do prazer, realizando as coisas mais simples da vida;

·         Descanso – É o momento de repor as energias, permitindo que nosso corpo se restabeleça, reorganizando suas funções e se desintoxicando.

Ao dedicarmos atenção efetiva a esses cinco aspectos diariamente, passamos a vivenciar a prosperidade naturalmente e a riqueza se estabelece em nossa vida como resultado deste equilíbrio.

O que nos leva a prosperar é o nosso simples desejo. Quando conseguimos transformá-lo em metas claras que possam ser atingidas através da atenção consciente em ações diárias, que exercitem os principais aspectos da vida humana através do conhecimento e prática do gerenciamento do tempo.

Ter um propósito de vida e viver em harmonia com ele, ter claros os objetivos e metas, meditar diariamente, ter atitude mental positiva, agir com ética e poder pessoal, esperar sempre o melhor, dedicar atenção consciente a tudo o que se faz – saber o quê e o porquê de cada ação e atitude –, ter consciência da unicidade, interação e responsabilidade individual com o coletivo, são os passos efetivos para se experimentar a abundância de tudo o que é bom.

Existe uma forma mais simples e imediata de transformar completamente a vida de qualquer pessoa, ou até mesmo de uma nação, em uma oportunidade única de experimentar o que há de mais sublime na existência humana. Mas poucos buscam, dão atenção, tem capacidade ou se sentem preparados para executar esta tarefa.

A tarefa é apenas lembrar “como as coisas funcionam”.

Isso é bem mais simples e mágico do que a maior parte das pessoas pode imaginar, porque é a forma “como as coisas funcionam” para todos, em qualquer lugar do planeta, independente de raça, credo, cultura, condição social, qualidades, habilidades, passado, futuro, erros, acertos, instintos e virtudes. Funcionam pelo poder da “Lei Natural” que se aplica em qualquer parte do Universo e em qualquer condição, estado ou nível de evolução e todo ser humano sabe intuitivamente como é. A tarefa é lembrar! 

As coisas funcionam em cinco passos simples:

1.    Lembre-se de Quem você É; (“Vós sois Deuses.” Jesus de Nazaré.)

2.    Entenda Quem você É; (O Ser possui três aspectos: Mente, Corpo e Alma – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo);

3.    Aceite Quem você É; (“Semeia-se o corpo animal, ressuscitará o espiritual. O primeiro é terreno o segundo é celeste. O mistério: Não morremos todos, mas todos nos transformamos.” Coríntios – Capítulo 15, versículo 35-58.)

4.    Seja Quem você É; (Ame a ti mesmo e ame teu próximo como ama a ti mesmo);

5.    Viva o AGORA! (O passado te alicerça, o futuro te inspira e tua vida é teu presente).

O resto é consequência...

sábado, 16 de julho de 2011

SIMPLICIDADE

Parte 12


Acima das Nuvens





“A simplicidade em tudo é boa. É na simplicidade que está toda a complexidade da vida.”



A vida possui uma complexidade intrínseca, justamente para que tudo seja simples ao viver. Fazendo uma comparação, a vida é o computador mais perfeito e complexo já criado, com a interface mais intuitiva que existe.

“Intuitiva” é a palavra exata para se descrever a melhor forma de viver.

O ser humano, por vários motivos, é levado a acreditar e valorizar tudo o que é, ou parece, mais complexo e exclusivo. É muito fácil constatar essa tendência hoje em dia. Os sonhos de consumo da maioria das pessoas na atualidade são: TV a Cabo, Carros, Celulares e Tablets. Ai vem as perguntas:

·         Qual é o sentido de ter uma TV a Cabo com mais de 100 canais se o dia só tem 24h, cada programa dura, em média, 1h para ser exibido e a maior parte do tempo você não está em casa para assistir?

·         Qual é o sentido de ter um carro, com cinco lugares, para cada pessoa adulta de uma mesma casa se elas andam sozinhas no carro a maior parte do tempo?

·         Qual é o sentido de ter mais de um aparelho telefônico celular com tantas funções que nunca serão utilizadas?

·         Qual é o sentido de ter um Tablet que não é um computador, não é um livro, não é um aparelho celular, não é uma máquina fotográfica, mas se esforça para fazer, de forma ruim, todas essas funções?

A resposta é: Sistema de Valores.

Cada grupo social e cada indivíduo possuem o seu sistema de valores.

Dentro de um determinado sistema de valores, possuir coisas complexas e exclusivas atribui valor social ao indivíduo, então gera uma demanda específica que aumenta o valor das coisas mais complexas e exclusivas. A simplicidade, funcionalidade, objetividade, eficiência, e o impacto na qualidade de vida não são valorizados. Em outras palavras, complexidade e exclusividade valem 10 e simplicidade, funcionalidade, objetividade, eficiência e impacto na qualidade de vida valem 1.

O sistema de valores que valoriza a complexidade faz com que as pessoas esqueçam que viver é simples.

A complexidade e a exclusividade levam ao individualismo, limitação ostentação, segregação, classificação, discriminação, exclusão e toda uma série de coisas que são totalmente dispensáveis e contrárias à qualidade da vida humana. Por exemplo: Ter uma TV a Cabo com mais de 100 canais aumenta desnecessariamente os gastos e o entretenimento vazio,  diminuindo o tempo disponível para estar com os amigos e a família em atividades criativas e recreativas que melhoram o relacionamento e exercitam os bons hábitos; Ter um automóvel por pessoa da família faz com que, aumente consideravelmente os gastos familiares com impostos, seguros, manutenções, combustível, estacionamento, um imóvel com muitas vagas de garagem, além do plano de saúde para tratar da saúde comprometida por conta do estresse com o trânsito engarrafado – com carros de 5 lugares que levam apenas o condutor – e piora a qualidade do ar, fragilizando a capacidade respiratória das pessoas, levando a uma baixa imunológica fazendo com que o organismo se enfraqueça, etc. Poderia escrever páginas e mais páginas com exemplos de como a complexidade criada pelo ser humano é antiproducente e contrária ao objetivo da vida. Porque a vida é simplicidade.

“intuitivamente” nós sabemos que tudo o que é simples vem junto com tudo o que é bom: Simples e Gostoso; Simples e Natural; Simples e Sincero; Simples e Tranquilo, etc. “Um dia simples e gostoso...”; “Um suco simples e natural...”; “Um rapaz simples e sincero...”; “Um vilarejo simples e tranqüilo...”.

Quando nos permitimos viver de forma intuitiva, naturalmente abrimos mão da complexidade e de todos os problemas gerados por ela.

As sociedades mais avançadas abriram mão de viver em complexas megalópoles, repletas de estilos antiproducentes de vida, e se organizam em pequenas comunidades ou vilarejos – próximos o suficiente para uma saudável interrelação, mas afastados o suficiente para terem características próprias e definidas – que juntos formam cidades autosuficientes. Como um organismo vivo.

As estruturas sociais reduzidas propiciam a vida simples, gostosa, natural, sincera, tranquila e intuitiva em cada vilarejo, que são separados por cinturões verdes – fornecedores de alimentos frescos e orgânicos –, e interligados por linhas de transporte público – normalmente metrô de superfície, elétricos e não poluentes – que levam as pessoas e suas bicicletas de estação central a estação central, de onde, normalmente, vão pedalando até o seu destino final. Não que as bicicletas sejam necessárias – normalmente utilizadas por comodidade, agilidade ou para carregar as compras – já que os vilarejos são construídos de forma a facilitar a caminhada, de no máximo 1 hora, por toda a sua extensão em qualquer direção. Isso quer dizer que, independente de onde você esteja no vilarejo, vai caminhar no máximo 30 minutos até o centro. Essa simples estruturação facilita a atuação do governo e dos cidadãos na criação, fornecimento e manutenção da infra-estrutura, habitação, segurança, saúde e educação. Não existem problemas com o trânsito porque não há a necessidade de carros como meio de transporte individual – o que não impede cada família de possuir um carro, que normalmente são do tipo utilitário, utilizados em atividades específicas ou como opção para viagem familiar –, o relacionamento entre as pessoas é privilegiado e a colaboração é incentivada, o que intuitivamente, leva a que todos pratiquem suas virtudes através de atos responsáveis, que sempre são em benefício de toda a comunidade, fortalecendo sentimentos como a felicidade, tranqüilidade, cumplicidade, amizade, segurança e conforto. O senso de sustentabilidade e responsabilidade é tão natural e eles são tão conscientes da unicidade e do impacto de suas ações que todos os dias, no mesmo horário, os vizinhos realizam a limpeza da calçada e dos jardins, enfrente às suas próprias residências, ao mesmo tempo. Quando terminam, a rua está limpa e o caminhão de lixo só passa para recolher. A economia feita com o serviço de limpeza urbana é revertida para obras de manutenção da infra-estrutura, reciclagem e aperfeiçoamento do sistema de saneamento com redução de impacto ambiental.   

Ao completar 16 anos, os jovens se candidatam ao Serviço Social e Comunitário Remunerado, onde passam quatro horas por dia durante um ano, sendo seis meses atuando em programas sociais como: creches; asilos; sanatórios; orfanatos e hospitais; e seis meses atuando em programas comunitários como: manutenção e conservação do patrimônio público; sustentabilidade; reciclagem; reaproveitamento com redução do impacto ambiental. Durante este período, o jovem recebe, além da ajuda de custo, educação e orientação para desenvolver habilidades e qualidades como: paciência; respeito; atenção; comunicação; responsabilidade; liderança; confiança; visão; cumplicidade; conciliação; integridade; motivação; empatia; otimismo e amor ao próximo.

  É através da educação que as sociedades mais avançadas calibram os seus Sistemas de Valores.

Nestas sociedades a simplicidade, funcionalidade, objetividade, eficiência e impacto na qualidade de vida valem 10, já a complexidade e a exclusividade valem 1.

Elas observaram que estilos de vida antiporducentes não lhes servem e buscam viver a simplicidade intuitiva que leva à unicidade, abrindo mão da forma complexa e instintiva que leva ao individualismo.

Se observarmos atentamente, vamos perceber que é nossa escolha viver acima ou abaixo das nuvens.

 Quando valorizamos a complexidade, exclusividade e usamos nosso instinto é como se escolhêssemos viver abaixo das nuvens, onde somos submetidos aos caprichos do tempo, sujeitos a chuvas, tempestades, dias escuros e nublados com alguns dias de sol e de céu estrelado.

 Quando valorizamos a simplicidade e usamos nossa intuição é como se escolhêssemos viver acima das nuvens, onde os dias são sempre claros, ensolarados e as noites são estreladas com a lua sempre inspiradora em suas fases.

terça-feira, 12 de julho de 2011

LONGEVIDADE

Parte 11


Mantendo a Atenção





“Longevidade irresponsável, inconsciente e inconsequente é prolongar os dias no purgatório.”



Muitas pessoas já começaram a observar o envelhecimento da população mundial. Que fenômeno interessante!

Alguns estados canadenses resolveram recorrer ao governo para que flexibilizasse e incentivasse a imigração de jovens profissionais, de algumas nacionalidades, com formação na área de saúde, e dessem preferência a jovens casais sem filhos que desejem ter filhos nascidos no Canadá, para que possa aumentar a população jovem nesses estados, dado o crescimento acelerados da população idosa e de casais que já estão saindo do período reprodutivo sem ter filhos.

A “Longevidade” se tornou uma palavra muito utilizada na última década e cada vez mais descobertas científicas apontam para um fato que seria impensável ha cinqüenta anos atrás. “Já nasceu o ser humano que chegará aos 150 anos de idade.”

Essa declaração, feita recentemente por um controverso cientista inglês, foi seguida de outra ainda mais instigante: “Em menos de um século, a humanidade terá tecnologia suficiente para viver até mil anos de idade.”

Após os vários meios de comunicação alardearem essas afirmações, observei que as pessoas tiverem inúmeras reações diferentes, mas que basicamente posso separar em dois tipos: Entusiasmo e Desespero. As entusiasmadas são aquelas que vivem atualmente as Riquezas da vida. E as desesperadas são as que vivem as Penalidades.

Como afirmava Napoleon Hill: “Se você se tornar capaz de controlar sua própria mente e pensamentos e, em harmonia com o seu propósito de vida, dirigi-los aos fins que você escolher, poderá então abrir o envelope das Riquezas e aproveitar as seguintes bênçãos: 1 - Saúde Forte; 2 - Consciência Tranquila; 3 - Um Trabalho que Ama e que Escolheu; 4 – Libertação dos Medos e Preocupações; 5 – Atitude Mental Positiva; 6 – Riquezas Materiais à Sua Escolha e Quantidade. Mas se você for negligente em desenvolver a habilidade de controlar a sua própria mente e pensamentos, viverá as Penalidades do outro envelope, que são: 1 – Saúde Fraca; 2 - Medo e Preocupação; 3 – Indecisão e Dúvida; 4 – Frustrações e Falta de Coragem Perante a Vida; 5 – Pobreza e Necessidades; 6 – Toda uma série de males que consistem em: Inveja, Avareza, Ciúme, Raiva, Ódio e Superstição.” É fácil imaginar o entusiasmo das pessoas que vivem as Riquezas da vida em receberem a notícia com previsões tão animadoras sobre a longevidade. Como também é fácil entender o desespero das que vivem as Penalidades.

O fato é que as pessoas que vivem as Riquezas da vida já têm consciência do seu poder pessoal, de que seus corpos são resistentes, resilientes, regenerativos e que respondem aos pensamentos, hábitos e estilo de vida. Não é a toa que são justamente elas que mais mantêm e utilizam seus corpos de forma produtiva, objetiva e sem excessos, vivendo uma vida com muita qualidade até o dia de suas mortes, que normalmente acontecem de uma forma tranquila. Já as pessoas que vivem as Penalidades não precisam se desesperar, já que seus corpos não suportarão os anos de descuido, desatenção, desleixo, amargura, hábitos insalubres e pensamentos deletérios. Por mais que o desenvolvimento tecnológico possa ajudar. “Remendo novo não segura em tecido velho.”

O instinto de preservação do ser humano se transforma na virtude da manutenção, quando o indivíduo evolui.

 Preservar é diferente de manter. Preservar é não abrir mão. Manter é cuidar para que permaneça.

É por esse motivo que as sociedades primitivas são muito conflituosas e belicosas, dadas ao instinto de preservação muito aflorado. E é pelo mesmo motivo que as pessoas que vivem as Penalidades, mesmo tendo hábitos insalubres e pensamentos deletérios, não buscam conscientemente a morte, apesar de não gostarem de suas vidas. Nessas sociedades os indivíduos não se esforçam para ganhar, mas fazem qualquer coisa para não perder.

Nas sociedades mais avançadas a virtude da manutenção se tornou um hábito fortalecedor. Tudo o que é criado, recebe um programa detalhado de manutenção, para que permaneça sempre funcional e adequado à sua utilização. Isso acontece no nível individual e coletivo. Quando uma pessoa decide plantar um jardim, ela já estudou os tipos de plantas, seus ciclos, formas de cultivo e manejo, impacto ambiental, terreno, sistema de irrigação, ferramentas, tempo de dedicação, investimentos para a criação e o cronograma físico/financeiro de manutenção preventiva e corretiva. Da mesma forma acontece quando o governo decide construir uma escola, criar uma cidade ou fazer uma rodovia. Toda criação nasce de um bom projeto e toda manutenção é programada e realizada para que a criação permaneça funcional e adequada à sua utilização enquanto for necessária. Mas a virtude da manutenção não se limita a aspectos físicos e coisas materiais, ela também exerce grande influência nos aspectos emocionais, morais e espirituais. Observe! Manutenção é igual a “Manter a Atenção”.

Tudo no universo sofre a influência de duas forças opostas e de igual poder. A Força Agregadora e A Força Desagregadora.

 Einstein observou essas poderosas energias em ação e desenvolveu, não só a Teoria da Relatividade como também as aplicou no processo de Fissão Nuclear. Atualmente a física quântica e a astrofísica também desenvolvem estudos baseados na atuação destas energias para entender o processo de materialização e desmaterialização, e de expansão e retração do Universo. O fato é que, a Força Agregadora só atua quando existe a ação de um observador. Em outras palavras, as coisas só existem em nossas vidas quando dedicamos atenção a elas. Quando a atenção deixa de ser dedicada, as coisas também deixam de existir. Esse fenômeno acontece com tudo, absolutamente TUDO em nossa vida, porque tudo é energia.

 Quando conhecemos uma pessoa e procuramos manter contato com ela – dedicando atenção –, os vínculos vão naturalmente aumentando até que se transforme em uma relação sólida ao ponto de, muitas vezes, as histórias de vida se confundirem de tão parecidas. Mas basta nos afastarmos desta mesma pessoa – retirando a atenção – que os vínculos vão se desfazendo, até chegar ao ponto da pessoa fazer parte, apenas, de bons momentos do passado. O mesmo acontece com o jardim, com a cidade, com a rodovia. Quando deixamos de “Manter a Atenção”, em outras palavras, deixamos de dar manutenção, a Força Desagregadora passa a atuar até chagar o dia que não existirá mais o que havia. Inclusive nosso corpo está sujeito a este fenômeno.

Nas sociedades mais avançadas, a boa alimentação, a desintoxicação e excreção adequadas, a qualidade do sono, a prática diária de atividades físicas, o cuidado com a higiene corporal e proteção da pele e a eliminação de hábitos culturais como o consumo de álcool, carne e o tabagismo fazem parte do Programa de Manutenção Corporal, ensinado a cada indivíduo desde a infância, assim como exames médicos periódicos e desenvolvimento das habilidades motora, emocional, mental e espiritual.    

Uma vida boa, longa e feliz é apenas uma questão de conhecimento, escolha, esforço e “Manter a Atenção”.